segunda-feira, 27 de abril de 2009

… espera-se numa fila

E não se pense que esta é uma tarefa fácil.
Antigamente as filas faziam-se na direcção da porta de saída. Mais recentemente, e muito bem, alterou-se a direcção da fila de forma a não complicar a saída dos passageiros. Na altura da mudança, desenharam-se pés coloridos no chão para facilitar a transição. Entretanto os pés apagaram-se e as filas ficaram confusas. Há quem tenha adoptado a nova metodologia e se organize na direcção certa. Há quem mantenha a anterior estratégia, ou porque não se apercebeu da alteração ou porque está demasiado preso a tradições para ceder a tal ideia-mirabolante. Depois há os que chegam à paragem e, perante o cenário de filas que se formam em sentidos opostos, opte por se manter à distância e só avançar quando a porta de entrada se abre. O resultado nunca é bom, está claro, principalmente quando já se acumulou um número simpático de passageiros ansiosos por apanhar um dos poucos lugares sentados. Há sempre empurrões e antipatia e queixumes e eu estava primeiro e etc.
Não estou à espera que uma nova campanha de sensibilização para a formação-de-filas-de-espera-de-autocarros avance, até porque as pessoas não deixam de entrar por causa da confusão. Resta-nos esperar para ver quem vence: a-super-fila-super-tradição ou a neo-fila-menos-confusão.

2 comentários:

  1. Isto faz lembrar um pouco a história do mundo e a resistência a qualquer inovação.

    Uma pergunta: a neo-fila-menos-confusão não afasta a fila do abrigo da paragem?

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  2. É verdade, sim senhor. As paragens cobertas dão vantagem à super-fila-super-tradição, já que a as paredes laterais (uma de vidro e outra com anúncios)estão trocadas.

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