segunda-feira, 30 de março de 2009

… desespera-se com a espera

O meu bus está atrasado. Há cada vez mais pessoas na paragem. A Mia tem de tomar a vacina em Março ou em Maio? Dava mais jeito que viesse agora. Se calhar houve um acidente. Não, ainda não é este. A rua está cheia de pólenes. Estou cansada e ninguém se levanta. Que sapatos fixes! Será que hoje não há autocarro? Espero ou vou de metro? Estes pólenes não me devem fazer nada bem. O metro é longe e já não é cedo. Atchiiiimmmm! Estou mesmo a ficar farta. Alto! Vem aí. Cheio. Cheiíssimo. Hei! Hei! Então não abre a porta?! Tum! Tum! Tum! Hei!
Nunca mais ando de autocarro.
Vou só esperar pelo próximo.
O metro é longe…

sexta-feira, 27 de março de 2009

... tem de se controlar o riso

Sento-me e, apesar de o autocarro vir praticamente vazio, senta-se mesmo ao meu lado uma senhora. Deve ter a ver com aquela cena “assim já estou pronta para sair sem ter que pedir licença”. De repente, ouve-se alguém a gritar lá do fundo:
- Ó MINHA SENHORA! Ó MINHA SENHORA! BOA TARDE!
Era para a minha companheira de banco.
- Quem? Eu? (diz ela)
- SSIIIIMMMM! NÃO SE LEMBRA DE MIM? (insiste a outra)
- Não.
- Costumamos vir juntas neste autocarro…
- Não me lembro.
- Pronto. BOA TARDE, ENTÃO.
(Virando-se para mim) - Não me lembro mesmo…

Ok. Afinal, deve ter a ver com aquela cena “deixa-me ficar já à beira desta para não ter que aturar a de lá do fundo”.

quinta-feira, 26 de março de 2009

… vivem-se momentos inacreditáveis

As minhas viagens de autocarro começaram há cerca de um ano. Percebi rapidamente que tinha duas hipóteses: ignorar tudo o que se passa à minha volta (é que é muita miséria junta…) e aproveitar o descanso de quem não está a conduzir ou prestar atenção. Quando se presta atenção fica-se a ganhar. Principalmente quando se é fã de humor negro…
Diariamente, as mais inacreditáveis situações acontecem. E não se caia no erro de pensar que “agora-é-que-já-não-há-mesmo-mais-nada-que-possa-acontecer” porque é nesse momento que entra um Pai Natal azul em cena e diz “deixe-me lá sentar, porque tenho muitas prendas para dar!”.
Como novas histórias virão, por este blog ficarão. Basta estar atento.